Quinta-feira, 28 de Junho de 2012

Poema inédito: Noto

noto

 

noto

que os melhores poetas

são aqueles que conseguem

o equilíbrio perfeito

entre um leve desprezo pela sua obra

e a arrogante certeza

do que estão a fazer.

 

Tiago Nené

poema inédito

publicado por tiagonene às 18:37
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Quarta-feira, 20 de Junho de 2012

Poeta Convidado

Eu: poeta convidado por Amadeu Baptista no seu blogue. O meu obrigado.

publicado por tiagonene às 10:56
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Terça-feira, 19 de Junho de 2012

Um poema inédito: Mobília

Alcohol_Poem_by_BlackHug

 

 

mobília

 

nunca me dei bem com o poema; ele sempre

quis ser autónomo em relação às palavras que escolhi.

houve vezes em que quis ser um número,

um soldado, um deus;

outras vezes escondeu-se no lado negro

de cada vocábulo da razão, num

comportamento menos literário e pouco ético.

o problema do meu poema

é querer ser poema

quando eu sempre quis que fosse algo livre, com

consciência alargada e regras naturais:

um significado oculto, um atraso a um encontro amoroso,

uma consequência imprevisível, algo assim.

nunca me dei bem com o poema,

embora nunca o tenha, de todo, conseguido evitar.

 

Tiago Nené

(poema inédito)

 

imagem: Alcohol Poem, de BlackHug

publicado por tiagonene às 19:22
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Sexta-feira, 15 de Junho de 2012

Poema de valter hugo mãe

o homem que já não sou


não me olhes agora que estou
mais velho e não correspondo em
nada ao homem que
amaste, procura encarar a tristeza
sem me incluíres, seria demasiado
cruel que me usasses para a
dor. para ti
quis trazer as coisas mais belas
e em tudo o que fiz pus o
cuidado meticuloso de quem
ama. não me obrigues a cortar os
pulsos quando fores num minuto ao
jardim com o cão

esta noite, sem notares, sustive a
respiração e quase morri. não deste
por nada. julgaste que voltei a
ressonar e até terás esboçado um
sorriso. e se eu pudesse morrer
enquanto sorris, pergunto

deixo para depois, ou talvez
desista. mas não pode ser se
tu me olhares em busca de tudo o que
já não existe. não pode ser, levo a
faca maior para debaixo do meu
travesseiro, juro-te que me
mato se continuares assim

valter hugo mãe

in Contabilidade

publicado por tiagonene às 01:07
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Tiago Nené, poeta português, editou os livros de poesia: "Versos Nus" em 2007
"Polishop" em 2010
"Relevo Móbil Num Coração de Tempo" em 2012.
Vive em Faro e é advogado.

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