o homem que já não sou
não me olhes agora que estou
mais velho e não correspondo em
nada ao homem que
amaste, procura encarar a tristeza
sem me incluíres, seria demasiado
cruel que me usasses para a
dor. para ti
quis trazer as coisas mais belas
e em tudo o que fiz pus o
cuidado meticuloso de quem
ama. não me obrigues a cortar os
pulsos quando fores num minuto ao
jardim com o cão
esta noite, sem notares, sustive a
respiração e quase morri. não deste
por nada. julgaste que voltei a
ressonar e até terás esboçado um
sorriso. e se eu pudesse morrer
enquanto sorris, pergunto
deixo para depois, ou talvez
desista. mas não pode ser se
tu me olhares em busca de tudo o que
já não existe. não pode ser, levo a
faca maior para debaixo do meu
travesseiro, juro-te que me
mato se continuares assim
valter hugo mãe
in Contabilidade
Afinidades
Amadeu Baptista, de Amadeu Baptista
Bibliotecário de Babel, de Jose Mário Silva
Base de Dados (emails) Empresas portuguesas
Búho Branca, de Mariana Campos
Dispersa Palavra, de Victor Oliveira Mateus
HRN Advogados Algarve (Faro - Albufeira)
Logros Consentidos, de Inês Lourenço
Ortografia do Olhar, de Graça Pires
Palavra Ibérica, de Fernando Esteves Pinto
Porosidade Etérea, de Inês ramos
Poesia Distribuída na Rua, de Rui Almeida
Poesia Ilimitada, por João Luís Barreto Guimarães
Rocirda Domencock, de Ricardo Domeneck