mobília
nunca me dei bem com o poema; ele sempre
quis ser autónomo em relação às palavras que escolhi.
houve vezes em que quis ser um número,
um soldado, um deus;
outras vezes escondeu-se no lado negro
de cada vocábulo da razão, num
comportamento menos literário e pouco ético.
o problema do meu poema
é querer ser poema
quando eu sempre quis que fosse algo livre, com
consciência alargada e regras naturais:
um significado oculto, um atraso a um encontro amoroso,
uma consequência imprevisível, algo assim.
nunca me dei bem com o poema,
embora nunca o tenha, de todo, conseguido evitar.
Tiago Nené
(poema inédito)
imagem: Alcohol Poem, de BlackHug
Afinidades
Amadeu Baptista, de Amadeu Baptista
Bibliotecário de Babel, de Jose Mário Silva
Base de Dados (emails) Empresas portuguesas
Búho Branca, de Mariana Campos
Dispersa Palavra, de Victor Oliveira Mateus
HRN Advogados Algarve (Faro - Albufeira)
Logros Consentidos, de Inês Lourenço
Ortografia do Olhar, de Graça Pires
Palavra Ibérica, de Fernando Esteves Pinto
Porosidade Etérea, de Inês ramos
Poesia Distribuída na Rua, de Rui Almeida
Poesia Ilimitada, por João Luís Barreto Guimarães
Rocirda Domencock, de Ricardo Domeneck